a fuga muda dos teus olhos
miro digiro
esse tiro:
lágrimas vertidas
convertidas
num mutismo agudo.
me levanto
me afundo no canto
num porto seguro enquanto
não adormece a lembrança
maré contra teu peito raso
que não esquece aquele sujeito
(entre a gente no leito)
e o desfeito
no ocaso.
( Por Alan Miranda)
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Poema 13
Talvez foi quando as nuvens
negaram-me o teu rosto;
ou quando revelou-se o gosto
de outras bocas na tua;
foram minhas pálpebras cansadas
que me abriram os olhos pra rua?
ou foram as palavras jogadas
no vácuo da tua ausência?
foi a lâmina do espelho
estampando o meu valor?
foram as vozes dos conselhos
ou o grito da minha dor?
talvez tenha sido minha impaciência.
Sei que foi em algum ponto, lá atrás:
não sei quando, ou em que lugar
(acho que quando tuas mentiras
já não me doíam mais).
foi de repente:
um dia, deixei de te amar.
( Por Alan Miranda)
negaram-me o teu rosto;
ou quando revelou-se o gosto
de outras bocas na tua;
foram minhas pálpebras cansadas
que me abriram os olhos pra rua?
ou foram as palavras jogadas
no vácuo da tua ausência?
foi a lâmina do espelho
estampando o meu valor?
foram as vozes dos conselhos
ou o grito da minha dor?
talvez tenha sido minha impaciência.
Sei que foi em algum ponto, lá atrás:
não sei quando, ou em que lugar
(acho que quando tuas mentiras
já não me doíam mais).
foi de repente:
um dia, deixei de te amar.
( Por Alan Miranda)
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Poema 12
Dizem: é questão de tempo.
Se toda paixão anda em roda
e todas as dores
se dissolvem no vento
dos neurotransmissores
se a felicidade
renasce em cada foda
se o absoluto não existe,
por que depois de tantos amores
sem você, ainda sou triste?
( Por Alan Miranda)
Se toda paixão anda em roda
e todas as dores
se dissolvem no vento
dos neurotransmissores
se a felicidade
renasce em cada foda
se o absoluto não existe,
por que depois de tantos amores
sem você, ainda sou triste?
( Por Alan Miranda)
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