Talvez foi quando as nuvens
negaram-me o teu rosto;
ou quando revelou-se o gosto
de outras bocas na tua;
foram minhas pálpebras cansadas
que me abriram os olhos pra rua?
ou foram as palavras jogadas
no vácuo da tua ausência?
foi a lâmina do espelho
estampando o meu valor?
foram as vozes dos conselhos
ou o grito da minha dor?
talvez tenha sido minha impaciência.
Sei que foi em algum ponto, lá atrás:
não sei quando, ou em que lugar
(acho que quando tuas mentiras
já não me doíam mais).
foi de repente:
um dia, deixei de te amar.
( Por Alan Miranda)
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
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3 comentários:
Eu fico boba toda vez que leio esse...!
Pelo meu, pelo seu, pelo o que representa esse poema.
Mas fico mais boba pelo presente!
:)
Vc tem um dom, rapaz.
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